Praia dos Bichos

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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Cães e gatos ingleses ganham restaurante de comida natural

O Lily’s Kitchen oferece refeições orgânicas e apetitosas utilizando pedaços de carne, peixe e frango de verdade

O restaurante canino promove a marca Lily’s Kitchen, que desenvolve uma alimentação natural e orgânica para cães e gatos - Reproduçã/ Telegraph
O restaurante canino promove a marca Lily’s Kitchen, que
desenvolve uma alimentação natural e orgânica para cães e gatos
Crédito: Reprodução/ Telegraph

Tudo começou com a cadelinha Lily, uma Border Terrier com um paladar extremamente exigente. Sua dona, Henrietta Morrisson, já não sabia mais o que fazer para convencer a pequena a comer sua ração. Sem sucesso, a britânica resolveu estudar formas alternativas para alimentar seu pet, já que o animal também apresentava constantes infecções no ouvido e alergia alimentar.

Dois anos mais tarde, depois da ajuda de veterinários homeopatas e nutricionistas, Henrietta acaba de lançar sua própria marca de comida natural para cães e gatos, a Lilys’s Kitchen. A linha inclui alimentos secos, úmidos, biscoitos e petiscos, todos orgânicos.

De acordo com o jornal Telegraph a britânica abriu um restaurante com o mesmo nome da marca para promover suas receitas. O ambiente receberá gratuitamente por seis semanas os peludos, que podem degustar os diversos pratos elaborados. Todos os produtos são feitos com pedaços reais de carne de boi, porco, peixe e ave , além de grãos, frutas e vegetais orgânicos. O alimento também não contém hormônios, adição de corantes ou aditivos artificiais.

O objetivo do restaurante é promover a alimentação natural desenvolvida por Henrietta, que comercializa os produtos na própria loja ou pelo site da marca. A britânica desenvolveu duas linhas, uma exclusiva para gatos e outra para cães. Para os totós é possível encontrar pratos apetitosos como cassarola de peru e frango com arroz integral ou ainda carne de cordeiro cozida acompanhada com arroz e vegetais.

Para os bichanos, a Lily’s Kitchen desenvolveu a primeira receita com peixe orgânico do mundo. O prato é rico em taurina e vitamina A, oferecendo todos os nutrientes necessários para uma refeição saudável e completa. Há ainda opções com frango ou cordeiro, todas livres de grãos, já que os ingredientes não são bem digeridos pelos animais.


Descoberto registro de cão doméstico mais antigo da América

Pedaço de osso de cão doméstico datado de quase 10 mil anos trata-se do registro do cão domesticado mais antigo da América. Foto: AP
Fragmento tem entre 0,3 e 0,4 cm de comprimento

Cientistas encontraram um pedaço de osso de cão doméstico datado de quase 10 mil anos em uma pilha de excrementos no sudeste do Texas, nos Estados Unidos. Trata-se do registro do cão domesticado mais antigo da América. Cientistas da Universidade do Maine pesquisavam a alimentação das pessoas em uma região do Texas entre mil e 10 mil anos atrás. "Acontece que essa pessoa que viveu há 9,4 mil anos estava comendo um cão", disse um dos pesquisadores.

Porém, esse registro não é o mais antigo já conhecido no mundo, e sim no na América, segundo os próprios cientistas. "Há registros arqueológicos de cães por volta de 31 mil anos atrás em um site belga, 26 mil anos na República Checa e 15 mil anos na Sibéria", afirmou um especialista em evolução do cão. O fragmento mede cerca de 0,3 a 0,4 cm, ou o tamanho de uma unha do dedo indicador de uma pessoa.

Notícia sobre cão que guardou túmulo de tutora no RJ é falsa

Leão (ou John) e seu tutor (Foto: Reprodução/Diário de Teresópolis)

As tragédias na região serrana do Rio de Janeiro (RJ) mobilizaram o país por meio das imagens disseminadas pela imprensa. Entre as mais comoventes, a história do cão Caramelo que, desamparado diante da morte de sua tutora, guardou seu túmulo em um cemitério de Teresópolis, por dois dias seguidos. No entanto, a notícia é falsa.

Segundo relato do jornalista Anderson Duarte, do Diário de Teresópolis, ao Portal IMPRENSA, a história de Caramelo não passa de um mal-entendido. Trata-se de dois cachorros parecidos.

O que aparece deitado ao lado do túmulo de Cristina Maria Cesário Santana, sua suposta tutora, na verdade é Leão, e é cuidado, há mais de um ano, por Rodolfo Júnior, voluntário que atua no trabalho de escavação do cemitério de Carlinda Berlim.

“Isso é coisa de repórter que precisava chegar com uma história diferente para apresentar ao chefe… o John é meu há mais de um ano quando fiquei com ele pra mim! O antigo dono foi para o Rio e deixou ele por aí… ele chamava o cachorrinho de Leão, mas eu prefiro John… ele tem cara de John, explicou Junior que ainda disse que seu animal é dócil e o segue por todos os lugares. No dia em que o rapaz tirou a foto dele eu estava trabalhando nas covas e ele ao meu lado como sempre… e aí depois veio essa maluquice toda”, explicou Rodolfo Júnior.

O Caramelo citado em diversas reportagens, de fato, era cuidado por uma família que morreu em decorrência dos deslizamentos. No entanto, jamais entrou no cemitério, que fica a quilômetros do bairro de Caleme, quando foi encontrado perambulando sozinho.

A notícia foi replicada por diversos veículos de comunicação, inclusive a ANDA, e, conforme a história de Caramelo se tornava popular, um novo capítulo era acrescentado.

Entre os absurdos do cão que velou durante dois dias a morte de sua tutora, um se destaca: o de que Caramelo teria, inclusive, auxiliado as equipes de resgate a encontrarem não apenas o corpo de sua tutora, mas de outras três pessoas de sua família.

O desencontro de informações irritou o administrador do cemitério, Márcio de Souza, que chegou a comentar o fato em um dos portais que publicou a história sobre Caramelo.

“É lamentável que tal fato seja utilizado para causar comoção aos leitores! Fui contatado horas antes da notícia ser levada ao ar por um repórter e fui claro ao dizer que o cão da foto ao lado do túmulo é de um de nossos voluntários que no momento faziam sepultamentos naquele local, logo não tem nada a ver com o cão adotado”, finalizou.


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Quer um bichinho? Adote um animal abandonado


Estima-se que, no Brasil, haja ao menos 2,5 milhões de animais domésticos que foram abandonados por seus donos. O número, uma projeção da WSPA (sigla em inglês para Sociedade Mundial de Proteção Animal), pode ser maior, segundo representantes da área. A população de animais não para de crescer. E, com ela, a de proprietários despreparados. "Podemos resumir a questão em uma única palavra: irresponsabilidade – no caso, de quem adquiriu um animal sem ter condições de criá-lo ou permitiu que ele se reproduzisse sem poder assumir a cria", diz Rosângela Ribeiro, gerente da WSPA Brasil. Além da conscientização de aspirantes a donos de animais, a solução para o problema, apontam especialistas, passa pela adoção. Foi o que fez a advogada Christie Bechara, de 36 anos. Em 2007, envolvida com temas de sustentabilidade no trabalho, ela visitou uma feira em São Paulo realizada pela organização não-governamental (ONG) Animais Precisam de Ajuda. Saiu de lá com dois gatos, Pandora e Benê. "Eram gatos de rua. A Pandora foi recolhida perto de um cemitério, onde, por causa da cor, preta, era maltratada. Depois que a trouxe para casa, a ONG me procurou algumas vezes para saber como ela estava: havia uma preocupação, porque gatos pretos às vezes são adotados com fins de feitiçaria." A experiência de Christie deu tão certo que, no começo do ano, ela adotou um terceiro animal: Princesa, encontrada em frente ao seu prédio. A vida de animais de rua não é fácil. E pouco adianta o fato de que é crime largá-los por aí. Segundo a Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9.605), maltratar um animal – e abandono pode ser entendido como tal – é ato punível com detenção de três meses a um ano, além de multa. "A dificuldade é constatar o crime: é preciso um flagrante", diz Ana Claudia Mori, gerente do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Prefeitura de São Paulo. Destino de muitos animais preteridos na capital, o CCZ serve de termômetro do abandono na cidade. Por mês, o local recebe cerca de 2.500 solicitações de remoção de animais - pessoas que ligam ou escrevem informando sobre o caso de um bicho abandonado a ser recolhido. Como desde 2008 o CCZ está proibido de praticar eutanásia em animais saudáveis, e apenas entre 80 e 90 cães e gatos removidos pelo centro são adotados mensalmente, muitas das solicitações deixam de ser atendidas. "Temos vagas para 354 cães e 40 gatos. A rotatividade é pequena porque a procura pela adoção é menor do que a necessidade", afirma Ana Claudia.Com sede no Rio de Janeiro, a Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa) também recebe e encaminha animais para adoção. Já recepcionou bichos de diversos estados, como São Paulo e Paraíba. Por dia, de acordo com a presidente da entidade, Izabel Cristina Nascimento, chegam 60 bichos abandonados - a instituição já hospeda 5.000 animais. "Abandonar é o pior verbo que eu conheço. O ser humano acha que um animal de estimação é um brinquedo para ter em casa, e depois se cansa de brincar", diz. "É preciso estimular a adoção para salvar os animais abandonados, e também porque um bicho não é uma coisa que se compre no mercado."

Animais de estimação aliviam estresse, diz estudo


Um estudo australiano realizado pelo Instituto de Pesquisa Médica Baker revelou que donos de animais de estimação são menos propensos a sofrer com estresse do que pessoas que não possuem pets em casa. A pesquisa, realizada ao longo de três anos, mostrou que os animais contribuem para a redução da pressão sanguínea, bem como para a diminuição dos níveis de colesterol.

Para a especialista Anne Mcbride, psicóloga que estuda a relação entre humanos e animais, um pet pode trazer muitas vantagens para a vida das pessoas e, consequentemente, fazer bem à saúde.

Segundo a psicóloga, os animais de estimação trazem muitos benefícios para as pessoas e promovem o controle da pressão sanguínea, uma melhor respiração e ainda auxiliam seus donos a sorrirem mais. Gargalhadas, afirma a médica, diminuem os índices de cortisol, hormônio do estresse, e aumentam os níveis de serotonina, substância responsável pela sensação de bem-estar.

Não é a primeira vez que uma pesquisa ressalta os benefícios que o animais de estimação trazem à saúde. Em 1999, a Universidade Estadual de Nova York concluiu que pets contribuem positivamente para o controle da pressão sanguínea. Cientistas da Universidade Warwick, na Grã-Bretanha, também afirmaram que crianças de quatro a cinco anos se recuperam mais rápido de doenças de rotinas quando possuem pets em casa.

Um outro estudo da Society for Companion Animal mostrou que crianças que têm contato com animais de estimação são mais imunes do que jovens que não convivem com gatos ou cachorros.

Cão mais feio da Inglaterra ganha um lar

Dê uma olhada nos traços do novo bicho de estimação da família Parker


Reprodução/rossparry.co.ukReprodução/rossparry.co.uk

Depois de ser rejeitado por muita gente, Doug arrumou um lar e ainda tem a chance de ficar com o título de cachorro mais feio do mundo



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Ele certamente chama a atenção por onde passa, mas não por sua beleza. Na verdade, este vira-lata (metade perdigueiro) foi adotado por uma família só depois de ganhar o título de cão mais feio da Inglaterra.

Com seus dotes físicos pouco comuns, o cão de dois anos amargou um bom tempo sem o carinho de uma família. vivendo em um abrigo para animais abandonados.

A história mudou quando a vendedora April Parker resolveu navegar pelo website do abrigo e deu de cara com a foto do bichinho dentuço, de olhos esbugalhados e queixo torto.

April pagou R$ 531 pelo pet, que recebeu o apelido de Ug (diminutivo de ugly, palavra que significa feio em inglês) no local onde vivia, mas foi rebatizado de Doug pela família Parker.

- Quando as pessoas o veem pela primeira vez, têm uma reação dupla. Com esses olhos esbugalhados e dentes tortos, Doug é cômico. Mas vive esbarrando nos objetos (ele é cego de um olho).

Trono à vista

Segundo o site britânico Daily Mail, Doug tem a chance de ganhar o título de cão mais feio do mundo, já que Miss Ellie, que detinha o título, morreu recentemente, aos 17 anos.

Miss Ellie foi coroada em 2009, após uma votação realizada nos Estados Unidos. Ela vivia na Califórnia.

E aí, para você, qual dos dois é mais feio? Dê sua opinião.

12 curiosidades sobre os cães


Você sabia que dar chocolate ao seu cãozinho pode matá-lo. Pois é... aqui 12 curiosidades que talvez você não saiba sobre o melhor amigo do homem.
A maior ninhada ocorreu em 1944 quando uma American Foxhound teve 24 filhotes.

  • Dar chocolates aos cães pode ser fatal para eles. Um ingrediente do chocolate, a teobromina, estimula o sistema nervoso central e o músculo cardíaco. Cerca de 1 kg de chocolate ao leite, ou 146 gramas de chocolate puro podem matar um cão de 22 kg.
  • Dois cães sobreviveram ao naufrágio do Titanic. Escaparam nos primeiros botes salva-vidas, que levavam tão poucas pessoas que ninguém se importou que eles estivessem ali.
  • Já não existem mais Huskies Siberianos na Sibéria.
  • O olfato dos cães é um dos melhores da natureza. Se as membranas situadas no nariz dos cães fossem estendidas, elas seriam maiores que o próprio cão.
  • Os cães de guarda são mais suscetíveis a atacar um estranho correndo, que um que esteja parado.
  • Os cães selvagens que vivem em matilhas na Austrália são chamados Dingos.Os cães têm cerca de 100 expressões faciais, a maior parte delas é feita com as orelhas.
  • Os cães veem cores, mas não tão nitidamente como os humanos.
  • Os estadunidenses gastam mais dinheiro em alimentos para cães do que para humanos.
  • Quando os cães têm dor de barriga, comem mato para vomitar.
  • Se um cão mantém o rabo erguido, é sinal de dominação.
  • Saiba mais sobre a Parvovirose


    Introdução

    No fim do ano de 1978, uma nova doença viral de cães, caracterizada por diarréia hemorrágica severa e vômitos, foi reconhecida.

    A doença causada por um parvovírus manifesta-se de duas formas, que são a forma entérica e a forma miocárdica. A forma entérica é mais freqüentemente reconhecida, por mostrar sinais evidentes. A forma miocárdica é geralmente diagnosticada no post-mortem, pois a maioria dos animais morre subitamente sem mostrar sinais clínicos.

    Onde a doença se originou e por que ela apareceu subitamente e quase que espontaneamente em várias partes do mundo ao mesmo tempo não é sabido. Tem sido sugerido que, devido à semelhança antigênica com o vírus da panleucopenia felina, o vírus da parvovirose canina seja um mutante de uma linhagem de campo do vírus felino.

    Patogênese

    As fezes contaminadas são a fonte primária de infecção da parvovirose canina. Após a exposição oral, o vírus se localiza e infecta os linfonodos regionais da faringe e tonsilas (amígdalas). A partir desse evento o vírus ganha a corrente circulatória (fase de viremia) e invade vários tecidos, incluindo o timo, o baço, os linfonodos, a medula óssea, os pulmões, o miocárdio e finalmente o jejuno distal e o íleo, onde ele continua a se replicar. A replicação causa a necrose das criptas do epitélio do intestino delgado, com eventual destruição das vilosidades. O vírus também pode causar lesões em outros órgãos que invade, contribuindo para múltiplos sintomas como linfopenia (medula óssea), miocardite (coração) e sinais respiratórios (faringe).

    O parvovírus tem sido isolado de conteúdo intestinal e fezes de cães afetados. O mesmo vírus causa as duas formas da doença. O vírus somente se multiplica em tecidos em rápido crescimento.

    Até cerca de quatro semanas de idade, o crescimento do epitélio intestinal é muito lento, se comparado com o tecido do coração, mas à medida que o cão envelhece (acima de 5 semanas de idade) a infecção se estabelece no intestino, levando à enterite.

    Como mencionamos acima, alterações no músculo cardíaco em infecções subclínicas podem predispor ao aparecimento de doenças cardíacas quando o animal tiver mais idade.

    Forma Entérica

    A doença normalmente se apresenta como um episódio gastroentérico severo, altamente contagioso e às vezes hemorrágico em filhotes (com mais de 3 semanas de idade). Os animais afetados apresentam inicialmente vômitos profusos para depois desenvolver uma diarréia severa. Em muitos casos, os animais afetados podem se desidratar rapidamente e morrer 24 ou 48 horas após o aparecimento dos sintomas.

    Os sinais clínicos geralmente aparecem de 2 a 4 dias após a exposição inicial (infecção). No começo do curso da doença (de 1 a 3 dias após a infecção), ocorre uma profunda viremia antes do aparecimento da gastroenterite, e a temperatura do animal pode estar bem alta. É durante a fase virêmica que uma profunda leucopenia, especialmente linfopenia, pode ser observada.

    A leucopenia se transforma rapidamente em leucocitose devido a infecção secundária por bactérias, à medida que os sinais clínicos se tornam mais evidentes. Durante a fase clínica da doença (do 4º ao 10º dia após a infecção), grandes quantidades de vírus são eliminadas nas fezes. A fase de eliminação do vírus não é muito longa e dura de 10 a 14 dias.

    Animais com eliminação crônica não têm sido encontrados. A medida que a doença evolui, a temperatura geralmente volta ao normal, antes de se tornar subnormal, quando então o animal morre por choque. Durante a fase de recuperação, os sinais clínicos regridem rapidamente dentro de 5 a 10 dias depois de seu aparecimento. É possível que cães recuperados possam apresentar a forma miocárdica em uma idade mais avançada, devido às lesões iniciais causadas no músculo cardíaco. No exame histopatológico dessa enfermidade, encontramos alterações muito semelhantes àquelas encontradas na panleucopenia felina. O exame post-mortem revela lesões no trato gastrointestinal que são morfologicamente idênticas àquelas vistas na panleucopenia felina.

    Forma Miocárdica

    A doença se apresenta como uma miocardite em filhotes afetados (de 3 a 8 semanas) e raramente em cães adultos. Cães que se recuperam de forma entérica podem ser afetados mais tarde, durante a vida, pela forma miocárdica. Isso também pode ocorrer em cães que apresentaram uma doença subclínica. Em casos típicos, filhotes aparentemente sadios morrem subitamente ou minutos após um período de angústia. Os filhotes aparentemente sucumbem de edema pulmonar, atribuído a falha cardíaca. Nos cães que são afetados mas não sucumbem imediatamente, nota-se ao exame radiográfico uma cardiomegalia. Os sinais clínicos são devidos a ataque do miocárdio pelo vírus e subseqüente degeneração e inflamação do músculo cardíaco. É possível que a miocardite em filhotes resulte de infecção neonatal ou intrauterina do feto.

    Diagnóstico

    As alterações hispatológicas em cães infectados, apesar de serem características, só podem ser usadas para confirmação post-mortem. O exame ao microscópio eletrônico de extratos fecais é diagnosticamente confiável. O exame de imunofluorescência direta em esfregaços de intestino e o isolamento do vírus também têm sido empregados. A sorologia, empregando os métodos de inibição da hemoaglutinação (HI) e soroneutralização (SN) podem ser usados mas, por si só, não são conclusivos, pois os títulos de HI e SN podem ser elevados pela vacinação em adição à exposição natural. Somente a detecção do vírus nas fezes e/ou a demonstração de anticorpos IgM no soro confirmam positivamente a infecção aguda.

    Inativação do Vírus

    O parvovírus é muito resistente às intempéries do meio ambiente. Uma vez que o local esteja contaminado, fica muito difícil eliminar o vírus. Acredita-se que o vírus possa sobreviver por mais de seis meses em condições normais de temperatura e umidade no meio ambiente. A maneira mais eficiente de desinfecção é o uso de formalina a 1% ou de hipoclorito de sódio a 5,25% diluído na proporção de 1:30 em água. Deve-se minimizar o contato do animal susceptível com cães afetados e suas fezes.

    Profilaxia da Parvovirose Canina

    A única maneira para se controlar a parvovirose canina é por meio de um programa de imunização eficiente. As vacinas não devem proteger somente o indivíduo, mas também a população, evitando a eliminação de vírus quando o animal sofre uma exposição ao vírus de campo. Desde que seja provável que o parvovirus canino continue a circular na população indefinidamente, a imunização contra a parvovirose deve ser incluída no programa rotineiro de vacinação.

    Antes de comentarmos o esquema de vacinação, devemos ressaltar o papel dos anticorpos maternos na proteção dos filhotes e sua influência sobre a vacinação. Os níveis de anticorpos maternos (adquiridos pelo colostro) nos filhotes variam de acordo com os níveis de anticorpos encontrados na cadela. Quanto mais alto for o título de anticorpos da cadela, mais altos serão os títulos encontrados nos filhotes e, portanto, mais duradoura será a imunidade passiva. No entanto, como o nível da cadela pode ser variável, a duração da imunidade passiva também será variável. Têm se encontrado filhotes que com 6 semanas de idade já não apresentam títulos detectáveis, e filhotes que mantiveram títulos até a 18ª semana de idade. Se o animal for vacinado e ainda apresentar títulos de anticorpos, esses vão inutilizar a vacina. Assim, para se ter a certeza de uma eficiente imunização em filhotes, deve-se dar a primeira dose entre 6 e 8 semanas de idade, a segunda entre 10 e 12 semanas e a terceira entre 16 e 18 semanas de idade. A revacinação deve ser anual. Para assegurar uma boa imunidade aos filhotes, deve-se vacinar as cadelas antes da cobertura. Não se deve vacinar cadelas prenhes, apesar de não existirem evidências de interferência sobre o desenvolvimento normal do feto.